Levadas

As levadas apresentadas nesta pesquisa foram escolhidas por já fazerem parte do meu repertório na prática como diretora e cantora do grupo vocal Subversos e regente do Coro de ....  Nos dois grupos faço a criação das percussões corporais.

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Levada é um motivo rítmico contínuo, que além de servir de base para uma música, define seu gênero. Pode ser executada em qualquer instrumento, como o violão, piano, bateria, baixo, pandeiro, ou instrumentos não convencionais, como o corpo humano, que será mostrado neste site.

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Antes de aprender alguma dessas levadas na percussão corporal, é recomendado que você ouça, conheça e reconheça cada uma delas. Pesquise as diferentes vertentes dentro de um mesmo gênero e ouça músicas com diferentes formações instrumentais. Este estudo vai fazer você entender melhor as características do gênero e executar as levadas com mais propriedade. Ao passar o conteúdo para o seu grupo, faça a levada e cante com eles algumas músicas já conhecidas por todos para exemplificar. Se puder, reproduza em outros instrumentos. Peça informações para o grupo sobre os gêneros musicais estudados, pois há sempre algo a aprender neste tipo de troca.

Os exemplos do vídeo são feitos por uma destra. Ao canhoto é aconselhado fazer espelhado, para que sua mão dominante também caia no tempo forte.   

Parte das levadas mostradas aqui são baseadas na técnica dos Barbatuques, grupo criado em 1995 por Fernando Barba, que usa o corpo como instrumento musical. Eles são precursores da música corporal no Brasil, e em mais de duas décadas de existência influenciaram uma geração de professores e artistas.

A 'técnica barbatuques' de percussão corporal é uma forma de tocar estabelecida pelo grupo ao longo de sua carreira,  em que se usa principalmente os timbres de peito, estalo e palma para execução de levadas.

Outras levadas que não estão dentro dessa técnica serão chamadas de 'linhas percussivas típicas'. São linhas rítmicas que já estão consagradas dentro do universo de algum gênero musical e foram aqui adaptadas para os timbres do corpo, como, por exemplo, o tamborim do samba, o agogô do maracatu, e outros.

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Esta pesquisa pretende trazer as levadas para o contexto da música vocal. Por meio de exemplos práticos em shows e em vídeo clipes dos Subversos e Coro de Corpo, este trabalho pretende elucidar algumas questões que estão presentes apenas neste universo que une voz e percussão corporal. 

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A aplicação das levadas será demonstrada através da gravação de shows e/ou clipes. Nos clipes, a gravação do áudio é feita em estúdio. Cada trecho mostrado será acompanhado do vídeo na íntegra e de uma explicação sobre o arranjo inteiro para contextualizar o leitor. Um fragmento sem possibilidade de conexão com seu todo pode deixar lacunas em sua compreensão. Conheça um pouco mais sobre os grupos que mostrarão os exemplos:

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SUBVERSOS

Grupo vocal de música brasileira, independente, criado em 2013 no Rio de Janeiro/ RJ. Inicialmente o grupo trabalhava principalmente com arranjos vocais. Os elementos cênicos como a dança e a percussão corporal eram usados poucas vezes, em algumas músicas. A partir de 2018, no inicio desta pesquisa, o grupo passou a se dedicar exclusivamente à inserção de linhas percussivas às músicas que já eram cantadas. A maioria à três vozes: sopranos, contraltos e barítonos.

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A percussão corporal é transmitida ao grupo de forma oral, durante os ensaios. As mais complexas são explicadas em vídeo e enviadas com antecedência.

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Atualmente, quase todos os integrantes são estudantes de música universitários, o que permite maior liberdade na escolha dos arranjos vocais e criação dos arranjos percussivos.

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CORO DE CORPO
 

Coral independente, formado em 2018 na cidade do Rio de Janeiro/RJ que mistura arranjos vocais e percussão corporal. É formado em sua maioria por pessoas que não trabalham com música profissionalmente, porém, é possível notar que existe um interesse por parte de professores de música, que já formam um pequeno núcleo dentro do coral.

Este grupo foi formado no início deste mestrado para gerar material e enriquecer ainda mais a pesquisa. É o único coral amador no Rio de Janeiro que se dedica exclusivamente a juntar a música vocal com a percussão corporal. 

Ao longo de dois anos de existência, pude perceber o quanto é difícil para o regente elaborar essa mistura em corais amadores. Mas existem muitos caminhos pedagógicos para que a percussão tenha um efeito interessante, sem tornar difícil a aprendizagem e execução. Alguns desses caminhos serão sugeridos em texto ao longo desta seção.

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Como em muitos corais, o Coro de Corpo tem poucas vozes masculinas. Os arranjos vocais precisam ser bem simples para atender a essa formação instável. Escolher arranjos com ostinatos, cânones, músicas em uníssino, arranjos a duas vozes em que soprano canta com barítono, são algumas das formas que o Coro de Corpo encontrou para enfrentar esta situação.

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